Um dia após o governo voltar atrás e rever a medida que diminuiu a cota para compra no exterior, empresários de Santana do Livramento, na fronteira com Rivera, no Uruguai, ficaram aliviados. Gladis Gladis Bertelli, proprietária de um dos hotéis mais tradicionais de Livramento, o Jandaia, comentou que a novidade deu ânimo ao setor.
- Na noite anterior a isso, fizemos uma reunião para avaliar o impacto que teríamos com a diminuição na cota. Agora, acho que o governo deve tomar uma medida como essa com mais cautela.
Atualmente, Livramento tem boa parte de sua economia atrelada ao turismo de compras da vizinha Rivera. Hotéis, pousadas, bares e restaurantes dependem muito desses visitantes para lucrar e, consequentemente, gerar empregos em uma região onde há carência de investimentos de porte.
Para o presidente da Associação Comercial e Industrial de Livramento (Acil), Sérgio Renato de Oliveira, a reviravolta dá alento à economia local, mas a grande expectativa é em relação a criação de free-shops do lado brasileiro. A mudança na cota, aliás, só ocorreu prevendo a criação da zona franca nas cidades de fronteira do Brasil, fato que deve ocorrer a partir de julho de 2015.
- Creio que os freeshops de Livramento vão complementar toda a estrutura criada em Rivera _ aposta Oliveira.
No embalo dessa oportunidade, moradores da cidade fronteiriça revelam que os aluguéis no Centro aumentaram muito por causa da procura de empresários, ou até mesmo de grandes redes, que estão de olho na possibilidade de abrir free shops no lado brasileiro da fronteira.
Na modalidade planejada para o Brasil, a cota deve ser de US$ 300 por pessoa. Além disso, as lojas brasileiras poderão vender produtos estrangeiros e brasileiros.
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